Nascido em Fortaleza em 1926, o arquiteto José Liberal de Castro migrou para o Rio de Janeiro - então Capital Federal - no ano de 1944, em busca de novos horizontes profissionais e intelectuais.
Nessa ocasião, era grande o fascínio exercido pela Cidade Maravilhosa no jovem cearense que, dotado de uma extrema facilidade de percepção, já detinha o conhecimento da sua estrutura urbana, revelando precocemente um interesse e uma aptidão extraordinária em relação à cartografia e à cidade, habilidade que sempre o acompanhou. Em lá chegando, rapidamente se adaptou à vida na cidade grande, não sem antes enfrentar as dificuldades de praxe.
O curso de Urbanismo, pelo qual nutria particular interesse, foi o pretexto para ingressar na Faculdade Nacional de Arquitetura, já que era destinado somente a arquitetos e engenheiros diplomados. Durante o curso, conciliou as atividades acadêmicas com o trabalho na firma americana Standard Oil Company, onde desempenhou função na área técnica, com ampla atuação, mas não propriamente ligada à Arquitetura.
O período (1951-1955) do Curso de Arquitetura foi bastante profícuo. Aliado às vivências estéticas, o dinâmico ambiente e desfrutava e o contato com grandes mestres e profissionais de prestígio da nossa Arquitetura e Engenharia, como os arquitetos Paulo Santos, Roberto Burle Marx, Sérgio Bernardes, Afonso Eduardo Reidy e engenheiros como Aderson Moreira da Rocha, aumentaram seu interesse pela arquitetura.
A formação acadêmica se complementou com as incursões frequentes à Sphan, onde mantinha contato próximo com o mestre Lucio Costa e com as questões do Patrimônio. Frequentou também o escritório do arquiteto Sérgio Bernardes, conhecido ícone da arquitetura moderna brasileira, onde trabalhou como estagiário e como arquiteto.